segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Se a 4E de D&D não é um RPG você esta jogando-a errado!

Acho que muita gente já esta cansando da Guerra entre as edições… Mas sabe como é sempre aparece um post relacionados sobre isso… Antes de qualquer coisa, eu sou fã da 4 edição mas longe de querer ficar por ai dizendo as qualidades da quarta edição resolvi traduzir um post que encontrei na internet no blog Greywulf’s Lair: If 4e isn’t a role-playing game you’re doing it wrong!
Resolvi traduzir este post porque a opinião do autor coincide com a minha opinião sobre alguns dos argumentos utilizados contra a 4E de D&D. Vamos deixar de conversa e vamos logo para essa tradução (o material traduzido estará entre aspas, o resto é texto meu).

Um fato simples é que esta virando uma lenda urbana que a 4E de D&D não é um RPG no sentido tradicional. Como todas as melhores lendas ou contos, se um numero suficiente de pessoas começa a repetir a estória ela tomará vida própria que as pessoas que até as pessoas que conhecem melhor a estória passam a acreditar nas lendas.É como o mito sobre o assassino selvagem do machado que vive numa cabana no meio da floresta. Só que sem o machado… Ou o Assassino, Ou a cabana. Na verdade não existe nem mesmo a floresta. Mas se bastante pessoas falarem isso, deve ser verdade, certo?
Errado.
E eu vou provar isto também. De novo.
Aqui nos temos uma Masmorra aleatória cortesia do brilhante gerador aleatório de Masmorras Demonweb.
Isto é algo que eu costumo usar para aqueles momentos quando eu quero executar uma Masmorra rápida ou quando eu quero um ponta pé inicial de um mapa para um cenário. Este site ainda oferece estatísticas iniciais d20 completas (em inglês) para você. Um material pronto para começar, Sr DM preguiçoso! No caso apresentado no mapa no site d GreywulfHá um “Zombie Troglodyte” na sala 1, um guerreiro Duerguar e um tesouro escondido na sala 3, uma “Mountrous centipede” Grande na sala 4 e um enxame de aranha na sala 5. A sala 2 (felizmente) está vazia, apesar das portas conter uma armadilha (boobytrapped).

Um detalhe é que eu não conhecia este site, o achei bem interessante e ele agora esta nos meus favoritos. Você pode mexer em alguns parâmetros e pedir para ele gerar a dungeon pra você… se você estiver só interessado no mapa é só escolher Details None! Adicionei duas imagens de Masmorras que eu criei enquanto brincava no site.

Mapa 1 criado no demomweb
Mapa 2 criado no demonweb - estilo steampunk

Acho que este é momento de dizer que um jogador “chato” falaria: “Mas este não é um jogo de RPG”. Todos os ingredientes já estão lá para um clássico jogo de Masmorras no estilo chutar a porta e pilhar tesouros já que temos corredores sombrios, tesouros, armadilhas e monstros colocados em salas de uma forma ilógica. O que transforma este jogo em um RPG é a interação entre os jogadores e o DM. Os jogadores podem tentar negociar com o Guerreiro Duegar, ou atrair o “Trog Zombie” para o enxame de aranhas. Talvez o Guerreiro impetuoso irá acionar a armadilha da porta enquanto o Ladino está ocupado “batendo” os bolsos do Mago.
Agora, vamos dar uma olhada no segundo encontro presente no livro Dungeon Delve: Coppernight Hold.

Abrindo mais um parêntese na tradução:
Eu particularmente gostei muito deste livro. Até já usei um dos encontros dele num encontro de RPG aqui em Viçosa e foi mortal… rsrsrs! O Dungeon Delve na verdade traz uma seqüência de 3 encontros prontos para cada nível. Você pode utilizá-lo como ponto de partida para aventuras ou usá-lo como um desafio da habilidade num bom DM VS Jogadores naqueles dias que você não esta a fim de dar continuidade na sua campanha.

Este encontro contém 5 Kobolds – 3 “Dragonshields”, um “Skirmisher” e um “Wyrmpriest”. Existem duas armadilhas (a estátua e tapeçarias), uma parte de terreno dificultoso e uma pequena quantidade de tesouro a ser pilhado. Em outras palavras, praticamente as mesmas coisas que você encontraria em uma ou duas salas em qualquer outra edição de D&D. Em média, é como uma pequena parte dos mapas de nossas masmorras. De fato eu poderia facilmente encaixar este encontro acima da sala 22no canto inferior esquerdo (do primeiro mapa que ele citou).
Dado a escolha entre um encontro rico como o apresentado acima e um encontro típico da terceira edição que geralmente significa um monstro contra 4 PdJ´s e que o equilíbrio significa que os PdJ´s devem perder um quarto de seus pontos de vida, Eu fico com o proposto pela 4E todas as vezes.
Vou dizer de novo, o que torna este encontro um RPG é a interação entre os jogadores e o Mestre.
Se você jogar como um jogo de tabuleiro então é isso o que ele é. Jogue-o como um RPG e ele será um RPG, e um maldito bom RPG também. Cada personagem tem suas opções que vão muito além do combate, incluindo tudo aquilo que é possível em um D&D Old School e suas variações. De fato, esta é uma edição de D&D que fica fácil para o DM de dizer “SIM” para a idéia mais louca que o jogador sugerir. Se o bárbaro quer derrubar estátua em cima dos Kobolds, ele pode. Se ele quiser destravar uma maldita fechadura ele pode ao menos tentar. Se eles quiserem negociar com os Kobolds e talvez conseguir uma ou duas dicas sobre o que espera por eles nas profundezas da Masmorra, eles podem. Eu digo que a 4E do D&D possui um dos melhores mecanismos de combate são desenvlvidos para o RPG – com ou sem mapa de batalha.
O principal problema tem sido o de percepção, e a culpa disto cai sobre os ombros do Livro dos Jogadores. Isso se o livro dos jogadores tivesse ombros é claro. Dos três livros básicos é o mais mal escrito (desculpe, Rob, Andy e James) pois enfatiza demais o combate. As opções de “backgrounds” deveriam estar presentes nele desde o inicio, juntamente com um guia para iniciantes de como fazer personagens de como fazer personagens interessantes e divertidos. Deveria ter uma discussão sobre peculiaridades e traços de personalidade. Cinco paginas gastas sobre interpretação e menos espaços gasto com 1001 formas diferentes de ferir pessoas teria feito uma grande diferença.
Em comparação o Livro do Meste está repleto de maravilhas para interpretação; há conselhos sobre a construção de mundo, tecendo enredos, elaborando NPC´s memoráveis e muito mais. É quase como se fosse dois jogos completamente diferentes.

A minha opinião pessoal é que realmente o livro dos Mestres ficou muito bom, um dos melhore que já li, mas não está perfeito. Estou louco para ver o livro dos mestres 2. E tenho que concordar um pouco que ficou faltando mais descrições nas classes no livro do jogador!

Mas o que já esta feito está feito. A WotC reconheceu esta gafe em particular, dobrou-se e vem corrigindo os erros passados nas publicações recentes e online.
Então, sim. A 4e D & D é um RPG. E se alguém lhe dizer o contrário: eles estão enganados.

Pois é pessoal, isto é tudo… comentem, falem bem ou mal… mas falem sobre este post… só não podemos esquecer que bom é jogar RPG (independente da edição… mas se você não joga a 4E eu só lamento… rsrsrs, ah e a propósito eu apoio a campanha BOM É JOGAR RPG)

Fonte: If 4e isn’t a role-playing game you’re doing it wrong!

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